Artigo
Responsabilidade social das empresas
24/07/2010 02:00
Toda vez que me deparo com a divulgação de algum programa ou projeto social sendo implementado percebo que o cenário contemporâneo das políticas públicas vem passando por inúmeras transformações e ambientando o aparecimento de novos modelos nas relações entre instituições e mercados, organizações e sociedade.
No contexto dessas transformações, alegro-me ao perceber que o Poder Público, reconhecendo sua dificuldade em garantir acesso aos bens sociais, conta, cada vez mais, com o apoio de outros segmentos da sociedade para o alcance de objetivos compartilhados. Numa demonstração de que as noções de público e privado estão mudando de conformação, resgatando um sentido de “coisa pública”, que não mais se subordina obrigatoriamente à esfera governamental.
Já tive o prazer de acompanhar, nos diversos veículos de comunicação, a divulgação de muitas iniciativas que legitimam este novo cenário. Iniciativas essas que valorizaram as ONGs e seus vínculos com as comunidades, que garantiram à sociedade civil organizada, através de suas redes e fóruns, o legítimo direito ao exercício do controle social. Bem como, o que considero mais importante, a efetivação de ações na luta pela diminuição das injustiças sociais, através do investimento de empresas possibilitando resultados compartilhados. E aí está o que denomino como o grande diferencial da ação compartilhada no cenário contemporâneo: o setor privado desempenhando um papel cada vez maior na prestação de serviços que, até então, eram de responsabilidade do Estado.
Até bem pouco tempo, não se esperava das empresas mais do que cumprir com suas obrigações básicas: ofertar bons e confiáveis produtos e ou serviços, garantir preços justos, pagar salários compatíveis para os funcionários e cumprir com suas obrigações fiscais. Felizmente, as coisas mudaram e muito. Agora, para além do cumprimento de suas obrigações legais, as corporações estão reconhecendo sua responsabilidade social, arregaçando as mangas e colaborando para a melhoria da qualidade
de vida da sociedade.
Segundo dados da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil, que promove o prêmio Top Social, em pesquisa nacional feita pela associação com 810 empresas, constatou-se que o investimento em projetos sociais em 1999 alcançou a cifra de R$ 132 milhões beneficiando a 32 milhões de brasileiros. Constata-se assim o enorme potencial das empresas nacionais para agir no enfrentamento das questões sociais.
Não importa se pressionadas por uma nova visão do consumidor, se interessadas em incentivos fiscais ou se realmente sensibilizadas pelas problemáticas sociais. A verdade é que as empresas estão, cada vez mais, assumindo o seu compromisso social e se unindo para “fazer a diferença”. E isso é o que importa. Afinal, a construção de um país civilizado, democrático e socialmente justo deve envolver todos os sujeitos dessa história: instituições governamentais, não governamentais, empresas, igrejas, universidades, movimentos populares, etc. E nessa aliança do bem, estamos todos de parabéns!
Flor Fontenele - Coordenadora de Articulação da Associação Encine e vice-presidente do Comdica Fortaleza
No contexto dessas transformações, alegro-me ao perceber que o Poder Público, reconhecendo sua dificuldade em garantir acesso aos bens sociais, conta, cada vez mais, com o apoio de outros segmentos da sociedade para o alcance de objetivos compartilhados. Numa demonstração de que as noções de público e privado estão mudando de conformação, resgatando um sentido de “coisa pública”, que não mais se subordina obrigatoriamente à esfera governamental.
Já tive o prazer de acompanhar, nos diversos veículos de comunicação, a divulgação de muitas iniciativas que legitimam este novo cenário. Iniciativas essas que valorizaram as ONGs e seus vínculos com as comunidades, que garantiram à sociedade civil organizada, através de suas redes e fóruns, o legítimo direito ao exercício do controle social. Bem como, o que considero mais importante, a efetivação de ações na luta pela diminuição das injustiças sociais, através do investimento de empresas possibilitando resultados compartilhados. E aí está o que denomino como o grande diferencial da ação compartilhada no cenário contemporâneo: o setor privado desempenhando um papel cada vez maior na prestação de serviços que, até então, eram de responsabilidade do Estado.
Até bem pouco tempo, não se esperava das empresas mais do que cumprir com suas obrigações básicas: ofertar bons e confiáveis produtos e ou serviços, garantir preços justos, pagar salários compatíveis para os funcionários e cumprir com suas obrigações fiscais. Felizmente, as coisas mudaram e muito. Agora, para além do cumprimento de suas obrigações legais, as corporações estão reconhecendo sua responsabilidade social, arregaçando as mangas e colaborando para a melhoria da qualidade
de vida da sociedade.
Segundo dados da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil, que promove o prêmio Top Social, em pesquisa nacional feita pela associação com 810 empresas, constatou-se que o investimento em projetos sociais em 1999 alcançou a cifra de R$ 132 milhões beneficiando a 32 milhões de brasileiros. Constata-se assim o enorme potencial das empresas nacionais para agir no enfrentamento das questões sociais.
Não importa se pressionadas por uma nova visão do consumidor, se interessadas em incentivos fiscais ou se realmente sensibilizadas pelas problemáticas sociais. A verdade é que as empresas estão, cada vez mais, assumindo o seu compromisso social e se unindo para “fazer a diferença”. E isso é o que importa. Afinal, a construção de um país civilizado, democrático e socialmente justo deve envolver todos os sujeitos dessa história: instituições governamentais, não governamentais, empresas, igrejas, universidades, movimentos populares, etc. E nessa aliança do bem, estamos todos de parabéns!
Flor Fontenele - Coordenadora de Articulação da Associação Encine e vice-presidente do Comdica Fortaleza
Fonte: JORNAL O POVO
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