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9 de fevereiro de 2013

uma pequena reflexão FREIRIANA


PAULO FREIRE SOBRE A ESCOLA PÚBLICA
“ Uma escola pública popular não e apenas aquela à qual todos têm acesso, mas aquela de cuja construção todos podem participar, aquela que atende realmente aos interesses populares que são os interesses da maioria; é , portanto, uma escola com uma nova qualidade baseada no compromisso, numa postura solidária, formando a consciência social e democrática. Nela todos os agentes, e não só os professores, possuem papel ativo, dinâmico , experimentando novas formas de aprender, de participar , de ensinar, de trabalhar , de brincar , de festejar.
Reafirmamos que essa nova qualidade não será medida apenas pelos palmos de conhecimento socializado, mas pela solidariedade humana que tiver construído e pela consciência social e democrática que tiver formado, pelo repúdio que tiver manifestado aos preconceitos de toda ordem e às práticas discriminatórias correspondentes.
A escola pública só será popular quando for assumida como projeto educativo pelo próprio povo através de sua efetiva participação. A transformação radical da escola que temos supõe essa participação organizada na definição de prioridades. O primeiro passo é conquistar a velha escola e convertê – la num centro de pesquisa, reflexão pedagógica e experimentação de novas alternativas do ponto de vista popular.
Nossas propostas são viáveis desde já. Queremos construir progressivamente uma escola pública democrática, popular , autônoma, oniforme ( e não uniforme) , competente, séria e alegre ao mesmo tempo, animada por um novo espírito. Queremos construir escolas para onde as crianças, os jovens, os professores, todos, gostem de ir e sintam que são suas. Não as abandonem.
PAULO FREIRE – DOCUMENTO OFICIAL COMO SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO EM  SÃO PAULO, 1989)

PAULO FREIRE ESCREVE SOBRE A QUESTÃO DE UM ALUNO EXPULSO DA ESCOLA POR TEIMAR EM TER CABELOS LONGOS
Fala – se às vezes , na necessidade que tem a Democracia de se defender do que lhe possa representar ameaças. Quase sempre , porém, lamentavelmente , o que se vem considerando ameaças à democracia é o que na verdade a justifica enquanto Democracia – a presença atuante do processo político nacional – a voz das classes trabalhadoras que se mobilizam e se organizam na reivindicação de seus direitos – a presença inquieta da juventude brasileira cuja palavra é indispensável.
Os que procuram “ defender” a Democracia contra o “perigo” da participação dos trabalhadores como dos estudantes na re – invenção necessária da sociedade sonham com um democracia sui – generis , um democracia sem povo.
Não me parece que se defende a Democracia co a expulsão de jovens como Javier. Pelo contrário , se trabalha contra ela.
São Paulo , 1982

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