MÍDIA & VIOLÊNCIA
A necessidade de um novo olhar sobre o bullying
Por O’Hara Manfroi em 08/11/2011 na edição 667
Tema de grande destaque midiático, o bullying tem motivado estudos científicos por todo o globo, que vêm desvendando os mais diversos aspectos de tal prática. Até muito recentemente, os atos que nos são apresentados com a palavra bullying tinham denominações difusas, ainda que em língua portuguesa, e não pareciam ter a gravidade carregada pelo termo estrangeiro.
A convivência entre humanos está, com frequência, permeada por algum grau de violência, tendo em vista desde conflitos entre tribos de hominídeos, nos primórdios da humanidade, até os recentes bombardeios à Líbia, com a morte do ex-ditador Kadafi e de tantos outros civis. Porém, é comum que a violência não extrapole sequer os limites de uma família,uma empresa, ou escola.
Segundo o coordenador da Abrapia (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência), estudos internacionais mostraram que as práticas de opressão, perseguição, isolamento e intimidação podem começar aos três anos de idade. Certamente que a violência no âmbito social desde tão tenra idade pode ter consequências gravíssimas, tal qual observado em atos como a invasão, por um adolescente de dezoito anos, armado, ao seu antigo colégio, onde disparou contra ex-colegas e contra si, matando-se; ou casos de depressão e automutilação.
As causas de um grave problema social
Em observância aos enormes prejuízos que o bullying pode causar a suas vítimas, pode-se levantar outra questão: o que leva uma criança, parente ou colega de trabalho, a comportamentos hostis e ofensivos? Talvez a resposta para tal questionamento ofereça possibilidades efetivas de combate à violência social, pois a simples repressão aos agressores não alcançará o cerne da questão; pode acarretar os mesmos comportamentos, ou até mais graves, fora do alcance de ação do opressor, portanto fugindo ao controle institucional.
Agora, que já existe uma consciência coletiva sobre o conceito de bullying e seu alcance, devem-se averiguar as mais profundas causas deste que constitui, não há pouco tempo, um grave problema social. Não podemos reduzi-lo às implicações de maior apelo popular. Devemos enfrentá-lo nas reais dimensões que possui.
***
[O’Hara Manfroi é estudante, Florianópolis, SC]
Fonte: www.observatoriodaimprensa.com.br
A convivência entre humanos está, com frequência, permeada por algum grau de violência, tendo em vista desde conflitos entre tribos de hominídeos, nos primórdios da humanidade, até os recentes bombardeios à Líbia, com a morte do ex-ditador Kadafi e de tantos outros civis. Porém, é comum que a violência não extrapole sequer os limites de uma família,uma empresa, ou escola.
Segundo o coordenador da Abrapia (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência), estudos internacionais mostraram que as práticas de opressão, perseguição, isolamento e intimidação podem começar aos três anos de idade. Certamente que a violência no âmbito social desde tão tenra idade pode ter consequências gravíssimas, tal qual observado em atos como a invasão, por um adolescente de dezoito anos, armado, ao seu antigo colégio, onde disparou contra ex-colegas e contra si, matando-se; ou casos de depressão e automutilação.
As causas de um grave problema social
Em observância aos enormes prejuízos que o bullying pode causar a suas vítimas, pode-se levantar outra questão: o que leva uma criança, parente ou colega de trabalho, a comportamentos hostis e ofensivos? Talvez a resposta para tal questionamento ofereça possibilidades efetivas de combate à violência social, pois a simples repressão aos agressores não alcançará o cerne da questão; pode acarretar os mesmos comportamentos, ou até mais graves, fora do alcance de ação do opressor, portanto fugindo ao controle institucional.
Agora, que já existe uma consciência coletiva sobre o conceito de bullying e seu alcance, devem-se averiguar as mais profundas causas deste que constitui, não há pouco tempo, um grave problema social. Não podemos reduzi-lo às implicações de maior apelo popular. Devemos enfrentá-lo nas reais dimensões que possui.
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[O’Hara Manfroi é estudante, Florianópolis, SC]
Fonte: www.observatoriodaimprensa.com.br
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