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7 de dezembro de 2010

Veja editorial do Jornal o Estado

Educação e Renda

Editorial
A presidenta eleita, Dilma Rousseff, traçou como meta a erradicação da pobreza extrema no País até o fim de seu futuro governo e os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) apenas mostram o quão difícil será esta tarefa. Das 12,7 milhões de famílias atendidas pelo programa Bolsa-Família, quase 5,3 milhões permanecem na miséria absoluta. No total, 42% das famílias atendidas permaneceram na extrema pobreza, sendo esta definida pela renda de até R$ 70 mensais por pessoa, segundo as regras definidas pelo próprio programa. De acordo com o levantamento, 7,4 milhões de famílias, ou 58% do total, encontram-se na faixa de renda entre R$ 70 e R$ 140 mensais per capita.
A receita para eliminar a extrema pobreza entre os atendidos, passa pelo aumento do valor do benefício – estabelecendo uma política de reajuste economicamente viável aos cofres públicos e expandir o número de beneficiados, já que os dados do MDS dão conta da existência de pelo menos 230 mil famílias pobres ainda não cadastradas. Ressalta-se ainda a associação entre os baixos índices de educação e a miséria. Entre os beneficiados com mais de 25 anos, 82% não completaram o ensino fundamental e 16,7% são analfabetos. Tirar as pessoas da miséria vai muito além de propiciar-lhes uma renda complementar. Esta política torna-se ineficaz quando desassociada de um programa de educação que qualifique a mão de obra para ocupação de bons empregos, quebrando o ciclo vicioso representado pelo déficit educacional Brasileiro.
 

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