Ser professor
08.09.2011| 01:30
A partir dessas declarações e da realidade dos professores, são necessárias três reflexões. Primeiro, o professor deve exercer sua função com amor e profissionalismo, pois todo profissional que se preza deve gostar do que faz e também precisa de um plano de cargos e carreira para que tenha motivação e perspectiva de futuro na sua profissão, bem como um salário justo para a manutenção do seu bem estar social.
Segundo, ser professor é antes de tudo ser educador, ou seja, demonstrar bons exemplos para os alunos, com ética e cidadania. O professor deve orientá-los para a vida em sua plenitude, e não apenas formar indivíduos competentes para o mundo do trabalho. Por último, é preciso refletir sobre o conjunto de leis e discursos dos políticos que defendem a valorização do professor e a melhoria da qualidade do ensino público. Porém, tudo isso não passa de retórica política, onde o professor é apenas um cidadão de papel, isto é, na teoria tem todos os direitos, mas na prática vive em precárias condições e não é reconhecido e valorizado pelas autoridades. E a qualidade do ensino fica comprometida pela falta de uma infraestrutura decente na maioria das escolas públicas, pela carga horária excessiva e, principalmente, pela falta de respeito ao professor.
Enfim, ser professor é saber exercer a sua função com vocação e como trabalhador intelectual que precisa estar sempre atualizado e aberto ao conhecimento e ao diálogo. Além disso, necessita de uma remuneração digna para poder dizer à sociedade: sou professor com muito orgulho e prazer.
José Arnaud Rocha Cavalcante
historia.arnaud@gmail.com
Professor do Ceja Aldelino Alcântara Filho
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