Protesto de professores fecha a 13 de Maio
Professores da rede municipal de ensino continuam  em greve e cobram negociação da Prefeitura. Ontem, eles fizeram  manifestação na avenida 13 de maio
19.05.2011| 01:30
 
 Protesto fechou dois cruzamentos da avenida 13 de maio (MAURI MELO)
Em greve desde o dia 27 de abril, quando o  ano letivo deveria ter começado, os professores da rede municipal estão  com mobilizações constantes. Segundo informações do Sindicato Único dos  Trabalhadores em Educação (Sindiute), 90% da categoria já aderiu à  paralisação e conversas estão em curso para que esse número atinja os  100%. 
As reivindicações dos professores versam sobre a redução da carga horária, eleição direta para diretores das escolas, licença prêmio (a cada 5 anos trabalhados, 3 meses de férias), correção do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), prestação de contas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), item que interfere diretamente na principal questão levantada pelos professores: o pagamento do piso salarial de R$ 1.597,84, assegurado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em manifestação que fechou dois cruzamentos da avenida 13 de maio (com avenida da Universidade e com a Carapinima), os professores confirmaram que estão abertos para a negociação, mas estão à espera da Prefeitura. Eles comentam a dificuldade na lida dentro das escolas, a partir da falta de tempo dentro da carga horária semanal para o planejamento de aulas e estudo, atividades que são realizadas fora do tempo de trabalho.
Wellington Monteiro, professor da rede municipal, comentou que os alunos têm material e farda, mas alertou que uma escola não se faz somente com estrutura física e alunos, mas com os professores, que não estão sendo “respeitados”. Ele também reconheceu o prejuízo dos alunos, confirmando que todos os dias perdidos serão repostos e que recebem o apoio de pais e alunos. “Esse piso não é o sonho da categoria, mas é o que temos e o que deveria estar garantido”, finalizou.
Proposta
A  Secretaria Municipal de Educação (SME) informou, através de sua  assessoria, que as negociações são encabeçadas pela Secretaria de  Administração. Já a secretaria responsável informou que a elaboração da  proposta de reajuste continua sendo realizada pela Comissão de  Negociação da Prefeitura. Segundo o órgão, o processo é lento, pois estudos e cálculos são necessários para que haja uma proposta final, que, quando pronta, será explanada para os professores e, só então, seguirá para a Câmara. Para os professores, a demora da Prefeitura em negociar com a categoria representa que “educação não é prioridade”.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Em greve pelo respeito ao piso salarial estabelecida, professores aguardam proposta da Prefeitura para negociar. Segundo o Sindiute, 100% das escolas da Regional 2 estão paradas.
Samaisa dos Anjos
samaisa@opovo.com.br
Fonte: JORNAL O POVO
 
 
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