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7 de fevereiro de 2011

discriminação absurda em São Paulo

PESO REPROVA CANDIDATAS


Professoras temporárias que já dão aula há mais de um ano, no mínimo, na rede pública estadual de São Paulo desconfiam que estão sendo alvo de preconceito. Para serem efetivadas, prestaram concurso público. Elas foram aprovadas nos exames e seus nomes chegaram a ser publicados no Diário Oficial.

No entanto, não tomaram posse como professoras efetivadas. No laudo médico delas consta que seriam “inaptas” para a função. O motivo apontado para a inaptidão só foi descoberto depois de muita insistência por parte das professoras. “Obesidade” é a palavra que consta dos laudos.

Fabiana Azevedo e Ana Paula Negrão são professoras de português. Lídia de Souza, de matemática. As três já dão aula em escolas da rede pública do estado de São Paulo. Fabiana há um ano, Lídia há três anos e Ana Paula há mais de dez anos. Mas o contrato delas é temporário.

Fabiana, Lídia e Ana Paula fizeram um primeiro exame e foram aprovadas. Fizeram um curso preparatório, um segundo exame e foram aprovadas. Chegaram a ter os nomes publicados no Diário Oficial, mas no momento de tomar posse como professoras efetivadas do estado foram impedidas.

“Fui informada de que no laudo médico eu saí como não apta para exercer a função de professora”, disse Ana Paula.

A mesma informação aparece no laudo médico das outras duas professoras, e na cabeça delas surgiu a mesma pergunta: “Inapta para o cargo, que já exercem, por quê?”

“Não deram justificativa nenhuma”, revela Lídia. “Nesse laudo, não vem nenhuma justificativa”, afirma Fabiana. Mas as professoras têm a mesma desconfiança. “Durante a consulta com o endocrinologista, ele me disse que obesidade era um fator, sim, de reprovação em concurso público”, lembra Fabiana.
FONTE: JORNAL O POVO ON LINE

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