MÍDIA & EDUCAÇÃO A verdadeira autoridade Por Francisco Djacyr Silva de Souza em 11/1/2011 | |||||||||
Como ser autoridade com salários indignos, com falta quase total de condições de trabalho, com ausência de recursos para o bom desenvolvimento do trabalho, como desrespeito por parte de alunos e pais em relação ao trabalho, com situações de constrangimento diante de ações que são para o bem dos educandos e da escola como um todo? Onde está a democracia no ambiente escolar, se ainda se utiliza a nomeação de diretores de escola através de uma prática antiga de indicação por parte de vereadores ligados aos que estão no poder? Como ser autoridade, se muitos não são consultados em relação ao Projeto Político Pedagógico da Escola, que passa a ser mero instrumento da burocracia de reconhecimento da escola perante aos órgãos de fiscalização? Os valores esquecidosPara ser autoridade, é preciso muito respeito, é preciso que hajam mudanças em relação ao processo de gestão das escolas, pois em alguns casos falar, questionar, discutir problemas da escola é sinônimo de devolução ou transferência para locais distantes do trabalho e, no caso das escolas privadas, demissão com ou sem justa causa. Vemos que há muito por se fazer para dar ao professor a autoridade e autonomia necessária no desenvolvimento de seu trabalho, que é muitas vezes confundida com sacerdócio ou voluntarismo que deve ser feito com muita resignação e, se possível, com salários o mais baixos possíveis. Professor é uma classe desprestigiada, sim, em nosso país, pois muitos dos que estão no poder não reconhecem no professor a mola-mestra que seria uma forte força de mudança para gerar um país com dignidade, com valor e, sobretudo, com indicações de desenvolvimento e crescimento. Não podemos chegar a um grau forte de desenvolvimento científico e tecnológico se não investirmos firme na educação nem buscarmos firmemente a geração de respeitabilidade aos educadores tanto em nível público quando privado. Insistem em não reconhecer no educador seu papel no crescimento dos jovens que, às vezes, vão a escola pelo simplório desenvolvimento de aptidões para se safarem das armadilhas promovidas pelos tantos quantos vestibulares que vemos por aí. As escolas públicas e privadas de nosso país têm de ser trabalhadas para garantir o efetivo reconhecimento da autoridade dos educadores, que são seres humanos mas são tratados como máquinas e têm apenas a função precípua de preparar jovens não para a vida mas para concursos que darão nome às escolas (no caso das privadas) ou gerar verbas para as escolas públicas dependentes dos resultados. Se não houver um resgate da valorização dos educadores em todos os locais desse país, certamente veremos num futuro bem próximo a falta quase total de pessoas para educar os filhos do futuro, que jamais serão formados pelas máquinas, pois a tecnologia só existe se houver pessoas ativas para pensar e garantir um funcionamento pleno dos ditames da modernidade numa sociedade que cresce em economia mas esquece, infelizmente, os valores que poderiam ser trabalhados em todas as escolas, para o bem do país e para um desenvolvimento igualitário e real. | |||||||||
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