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21 de janeiro de 2011

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Epidemia de crack


21/1/2011
É uma lástima, já prevista, mas evitável: agora as autoridades querem se mexer depois do estrago feito, quando são incalculáveis os prejuízos para as famílias e a sociedade. O uso do crack é uma tragédia consumada entre as nossas crianças e adolescentes, em decorrência da omissão e ausência dos pais e da falta de autoridade destes e dos professores, que deviam orientá-los a trilhar os caminhos de uma vida digna. Há hipocrisia por parte das escolas que não reprovam os alunos que nem sabe ler nem escrever, que já são tantos que formam um exército de analfabetos funcionais, só para maquiar estatísticas governamentais.

Além disso, a promoção pública e deslavada do desrespeito aos valores humanos e morais, ao bom senso, às regras de bem viver leva os pais e os mestres a perderem o senso de compromisso e responsabilidade de educar. Assim, criam-se gerações em que uma parcela importante de jovens envereda pelo caminho das drogas, trazendo prejuízo à própria saúde e com consequências sociais imprevisíveis, com um agravante: este problema é mais assustador porque atinge, principalmente, as camadas menos favorecidas, com famílias desestruturadas.

A falta de discernimento de parte do nosso povo e das autoridades cria asneiras que podem estar contribuindo para todo este engodo como estas bobagens que querem que sirvam de paradigma: "não pode dar palmadas porque traumatiza; "o bandido é uma vítima da sociedade" etc. O que mais chama atenção no avanço do crack é a forma como ele atinge, cada vez mais, as pessoas de mais tenra idade, o que demonstra o despreparo e a falta de autoridade dos seus ascendentes. Não é possível aceitarmos as crianças nas ruas, totalmente desprotegidas! É preciso ser revisto, com urgência, todo o processo de recuperação do viciado em crack, assim como, tem que ser tratado o traficante como bandido e não como um cidadão que cometeu um crime.

O problema é preocupante, e precisamos de sérias políticas públicas educacionais na prevenção e no combate às drogas.

Francisco Braga Andrade - professor universitário e membro da ACM

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