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27 de dezembro de 2009

COLUNA DE GILBERTO DIMENSTEIN - FOLHA DE SÃO PAULO

Um professor contra a violência

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O governo de São Paulo informa que vai colocar, em cada escola, um professor comunitário. Pela minha experiência dentro e fora do Brasil, posso garantir o seguinte: se esse profissional for bem treinado e tiver um mínimo de apoio, haverá a redução da violência na sociedade em geral e na escola, em particular. Além disso, com a melhora do ambiente, haverá mais chances para o estudante progredir.
A ideia é que esse professor seja um intermediador de conflitos --coisa abundante na escola--, atue para envolver a família e a comunidade. Um de seus papéis seria visitar as famílias, a exemplo do que ocorre (e com ótimos resultados) em Taboão da Serra.
Já se podem encontrar professores comunitários em áreas conflagradas do Rio, como a Cidade de Deus, onde a matrícula escolar cresceu 30% nos últimos 12 meses. E o assassinato caiu mais de 90%.
Lá o professor comunitário surgiu logo depois da implantação de um melhor sistema de policiamento. Funciona tão bem no Rio que a prefeitura decidiu expandir esse projeto não só para as áreas conflagradas, como para toda cidade.
Projetos semelhantes podem ser encontrados em Nova Iguaçu (Rio) e Belo Horizonte

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