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20 de agosto de 2009

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Educar para a cidadania Os escândalos que vêm sendo divulgados pela mídia são resultantes de um processo de negação da cultura política aos meios populares e reflete uma atitude de passividade das representações populares no sentido de educar nosso povo para compreender e analisar o processo político de maneira geral. O bom de tudo é que nossos jovens têm aumentado seu poder de crítica e reflexão e não são tragados assim pela alienação. Seu potencial precisa ser cada vez mais valorizado e estimulado, criando mecanismos de educação política para compreensão das ideologias e dos fatores que movem o mundo político. O aprendizado político se dá com a prática, com o questionamento e com educação pautada no desenvolvimento de senso crítico e do poder de questionamento, sempre contido na suposta rebeldia adolescente. É preciso confiar no que o jovem diz, aceitar seus questionamentos e fazer sua educação cada vez mais voltada para uma visão do mundo a partir de um processo investigativo da sociedade em que vivemos. A escola tem um papel fundamental nesse processo, pois é o lugar do conhecimento e do aprendizado. O ambiente escolar deve ser pautado numa visão democrática que se inicia a partir da delimitação da gestão do ambiente onde se desenvolve a educação. É importante que os educadores estimulem seus alunos a participarem do desenvolvimento da escola, criando sempre assembleias, grêmios e outros mecanismos de participação que oportunizem aos educadores e alunos a tão sonhada cumplicidade eivada de ações que colaborem para uma educação sempre motivada e incisiva no rumo da qualidade. Existe um mundo novo nos ambientes da juventude e o fator informação é cada vez mais importante na formação adolescente. O interessante é filtrar essa informação e fazer dela algo a mais no processo de aprendizado crítico e questionador. Não podemos cair no relativismo de dizer que os jovens ignoram a política e que estão completamente alienados. O que eles não querem é essa política que aí está, uma política de privilégios, de jeitinhos, de acomodações e de desrespeito aos verdadeiros anseios populares. O desinteresse dos jovens pela política é resultado da forma como ela vem sendo praticada e desenvolvida pelos velhos políticos que não imaginaram que o mundo mudou e que a comunicação deixa sempre à mostra suas atitudes inadequadas e certamente malignas para grande parte de nosso povo. Francisco Djacyr Silva de Souza, PUBLICADO ORIGINALMENTE NO JORNAL MUNDO JOVEM, PUC - RS www.mundojovem.pucrs.br

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