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22 de junho de 2009

PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO...

19/06/2009 - Blog Educação à Brasileira – Demétrio Bezerra, jornalista do O Globo 25% dos professores no Brasil são temporários, diz OCDE O Brasil tem a terceira mais alta proporção de professores da 5.ª à 8.ª série (6.º ao 9.º ano) do ensino fundamental contratados em regime temporário — 25,8% —, entre 23 países pesquisados pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). O Brasil tem a terceira mais alta proporção de professores da 5.ª à 8.ª série (6.º ao 9.º ano) do ensino fundamental contratados em regime temporário — 25,8% —, entre 23 países pesquisados pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). É o que mostra estudo divulgado anteontem pela entidade, com base em amostras de pelo menos 200 escolas públicas e privadas de cada país. Apenas Portugal, com 32,4% de docentes em regime temporário, e a Irlanda, com 26,6%, têm proporções maiores do que a brasileira. Os dados foram coletados entre 2007 e 2008. A média entre os 23 países analisados pela OCDE é de 15,5% de docentes temporários, o que significa que 84,5% do quadro funcional mantêm vínculo permanente. A Malásia tem a menor parcela de temporários — 2,2% —, seguida pela Dinamarca, com 3,4%. A "Pesquisa Internacional de Ensino e Aprendizagem" (Talis, na sigla em inglês) levantou dados sobre o funcionamento das escolas. Em relação ao tamanho das turmas, o Brasil tem a quarta maior média, com 32,2 estudantes por mestre. A pior situação é a do México, com 37,8, seguido pela Malásia (34,9) e a Coreia do Sul (34,6). No extremo oposto, está a Bélgica, com 17,5. A média dos 23 países é de 23,5 alunos por docente. Em relação ao acesso a cursos de formação continuada, 84,4% dos professores brasileiros entrevistados disseram que gostariam de ter participado de mais atividades nos 18 meses anteriores. O México foi o único país com proporção ainda maior: 85,3%. Indagados sobre os motivos que os levaram a frequentar menos cursos do que o desejado, a maioria dos docentes brasileiros — 51% — apontou o alto custo. Na Polônia, 51,2% dos docentes responderam o mesmo. A bagunça em sala de aula é outro problema. No Brasil, os professores perdem 18% do tempo de aula tratando de questões disciplinares. É o país com mais alto "índice de bagunça", seguido pela Malásia, com 17%. Outros 11% dos períodos de aula no Brasil são dedicados a assuntos administrativos, como fazer a chamada e reuniões. Ou seja, quase um terço do tempo que deveria ser destinado a atividades de ensino é consumido com outras tarefas. Os países analisados pela OCDE são: Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Bulgária, Dinamarca, Estônia, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Coreia do Sul, Lituânia, Malásia, Malta, México, Noruega, Polônia, Portugal, Eslováquia, Eslovênia, Espanha e Turquia.

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