Fórum educacional debate transformações culturais
27 de janeiro de 2009 •
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Cerca de 10 mil militantes de movimentos sociais, educadores e representantes do poder público estão reunidos desde a segunda-feira em Belém, no Pará, para o Fórum Mundial de Educação (FME). O objetivo do evento, paralelo ao Fórum Social Mundial, é discutir de que forma é possível construir uma novo mundo por meio da educação.
Segundo Salomão Hage, membro do comitê de organização do FME e professor do Instituto de Educação da Universidade Federal do Pará, os temas em debate são plurais. "Vamos discutir questões culturais e de identidade das populações tradicionais, a possibilidade da educação transgredir a um sistema social excludente, a relação da educação com o meio ambiente. Existe um conjunto de temáticas transversais", declarou.
Outra foco do FME é a educação de jovens e adultos, já que no mês de maio, em Belém, será sediada a 6ª Conferência Internacional de Educação de Adultos (Confintea). O encontro é convocado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) de 12 em 12 anos e será a primeira vez que ocorrerá no Hemisfério Sul.
Para Hage, um dos principais desafios para a educação hoje, em todo o mundo, é ouvir as demandas da sociedade. "O FME está acontecendo em um lugar peculiar como a Amazônia, que tem uma grande biodiversidade e grande diversidade sociocultural. Temos representantes de quilombolas, ribeirinhos e extrativistas. De certa forma, os segmentos populares estão representados", disse.
Desse modo, é possível começar a dialogar com essas populações para dar voz a eles, acrescentou. Os debates do FME prosseguem nesta terça-feira, quando haverá o encerramento com a caminhada que vai marcar o início oficial do Fórum Social Mundial.
Agência Brasil
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