POSTS RECENTES

22 de setembro de 2012

QUANDO A EDUCAÇÃO PERDE PARA A POLÍTICA , VERGONHA EM FORTALEZA


Quando a Educação perde para a Política

Em artigo enviado ao Blog, o professor Francisco Djacyr Silva de Souza faz uma avaliação crítica do atual modelo de gestão das escolas públicas em Fortaleza. Confira:
Todo cidadão deveria ser defensor ardoroso da democracia em todas as suas vertentes e principalmente na construção da Escola, pois quando não há democracia no ambiente escolar as situações de ensino e aprendizagem sofrerão grandes danos e terão grandes prejuízos atingindo os personagens principais da escola: professores e alunos.
Nesse sentido os professores da Rede Pública Municipal deveriam está nas ruas protestando contra a forma errônea de gerir os estabelecimentos educacionais onde o jogo sujo da política determina friamente quem será diretor de uma escola trazendo para as mesmas pessoas deslocadas da realidade do bairro, da vivência de professores e alunos e, geralmente, descomprometidas com o sucesso ou insucesso dos alunos, pois precisam fazer o jogo do Poder para garantir pomposa gratificação o que os afasta da miséria salarial dos professores e servidores da educação municipal.
Dessa forma, cria-se uma nova casta no sistema educacional de Fortaleza, onde pessoas do magistério distinguem-se dos reles mortais. E, na ânsia de defender privilégios, promovem o regime totalitário nas escolas por meio de ações que vão desde a delação premiada até a relação de submissão aos dirigentes da educação.
Esse fato aconteceu comigo e com muitos professores. Durante longos anos lutei contra a prepotência da direção de uma escola pertencente à Regional III e o que obtive foi a alcunha de louco, agitador e violento o que não é minha característica nem ação no dia a dia.
A atitude da direção da EMEIF Monsenhor Linhares é triste no sentido da pedagogia onde os que fazem a gestão colocam educadores contra educadores sempre no sentido de garantir delação e retração dos protestos contra tratamentos desleais contra professores e alunos, falta de participação nas decisões da Escola de todos que a fazem, ausência da gestão durante longos períodos deixando a mesma à deriva e aos caprichos de outros membros da gestão, além de espetáculos de prepotência e desrespeito, em que usa-se até o artifício de expor atestado médico de professor aos alunos e aos professores o que é um fato deplorável para quem se diz educador.
O triste de tudo é que, mesmo tentando, os professores da escola nunca encontraram guarida da Chefe de Distrito de Educação que ameaça os professores que questionam o caos com suas regras burocráticas e sua imposição de poder. Apelar para ouvidoria não adianta, pois mesmo tendo feito denúncias os professores jamais encontraram guarida ou solução. A vida do professor é difícil com este modelo falido referendado por vereadores e pela cúpula que comanda o município. O resultado desta novela foi meu afastamento da escola com conivência dos gestores municipais e satisfação dos ditadores que hoje estão na escola.
O duro é que não é uma coisa individual, pois hoje os professores têm de rezar na cartilha dos ditadores que chegam até a dizer que ninguém mexe com eles pois seu vereador tem moral perante a administração municipal o que denota a degradação de um poder que poderia sim ser popular.

Nenhum comentário: