25/10/2011
Precisa-se de orientação
Saiu recentemente uma entrevista com o ator Eduardo Sterblitch, conhecido como o Freddie Mercury Prateado do programa “Pânico na TV”, na qual o ator diz que desistiu de sua peça, uma vez que “o teatro não tem mais importância, principalmente para o jovem”.
Será que sempre nós, jovens, temos que ser os culpados de tudo? Por que sempre somos os culpados por algo que, em muitas vezes, não cometemos? É lógico: os adultos, mimados e infantis, não podem assumir seus próprios erros.
Quantos jovens de baixa renda vão ao teatro, sendo que a meia-entrada para uma megaprodução (ou até mesmo de uma pequena produção) varia de R$ 35 a R$ 90?
Os políticos, adultos e supostamente sábios, são responsáveis por altos cargos que residem em nosso país, sendo uma de suas responsabilidades integrar povo e cultura. Mas a verdade é que eles pedem votos, não cumprem promessas, desviam dinheiro de verbas públicas para suas campanhas, causam desastres em vários setores de nossa política interna e ainda têm a coragem e a cara de pau de retornar quatro anos depois em nossos televisores com sorriso no rosto e campanhas trazendo farsantes satisfeitos com seu mandato, isso apenas para se promoverem e conseguirem mais votos. O jovem é apenas um dos resultados do despotismo brasileiro.
Claro, os adultos podem nos orientar a não cair na cilada de votar em péssimos governantes. Porém, a influência de professores de extrema esquerda --que defendem o PT por ajudar os mais necessitados, embora seja um dos partidos mais corrompidos de nosso país ou que defendem partidos de extrema direita, como o DEM e o PSDB que acabaram com a maioria das escolas públicas de São Paulo e que também estão envolvidos em escândalos-– podem prejudicar o jovem, criando mentes “não-pensantes”, movidas e influenciadas pelas decisões de terceiros e das massas ao seu redor sem ter uma real noção da ideologia do partido no qual vota.
Falta também nos meios de comunicação, principalmente nos jornais televisivos e especialmente o “Jornal Nacional” da Rede Globo, que é um dos mais vistos em nosso país, a responsabilidade de se posicionar em relação ao que ocorre em nosso governo. Os jornais televisivos têm se tornado tão imparciais ao ponto de apenas citarem os fatos, sem contestá-los ou debatê-los com a população.
E por que não ensinam ao jovem um pouco de política na sala de aula? Imagine só! Imagine política como matéria obrigatória! Como discutiremos a criação da Palestina em escolas judaicas ortodoxas? O aborto nas aulas de religião de escolas católicas e evangélicas? O conservadorismo religioso que os adultos ensinam aos jovens, em sua maioria, é sujo e sem fundamento, corrompendo o jovem mais uma vez. Mas essa mudança não vai ocorrer, uma vez que, com o povo esperto, acabaria a ignorância, que sempre foi e será a “melhor amiga” para arrancar votos da população. E o melhor modo de arrancar votos da sociedade é mantê-la na ignorância desde a juventude. Eis um dos motivos para os políticos não mexerem na educação. Eles formam nas escolas, sejam particulares ou públicas, seus futuros eleitores.
Então a culpa é realmente do jovem ou do adulto que o corrompeu toda sua vida? Apenas os jovens interessados e que se desvinculam das massas, seja na mídia, na política, no que for, conseguem ter análises próprias de nossa política e vão atrás de cultura e do fim da corrupção (quem liderou e organizou a maioria das marchas?). Mas esses jovens não são a maioria. A maioria continua sem saber as oportunidades e os reais problemas do nosso país e não estão ligados ao mundo do teatro, preferindo assim gastar R$ 50 numa balada qualquer para se divertir. O Brasil não vai mudar até alguém debater esses fatos nas casas ou nas salas de aula.
Por Felipe Gonçalves Guimarães
Será que sempre nós, jovens, temos que ser os culpados de tudo? Por que sempre somos os culpados por algo que, em muitas vezes, não cometemos? É lógico: os adultos, mimados e infantis, não podem assumir seus próprios erros.
Quantos jovens de baixa renda vão ao teatro, sendo que a meia-entrada para uma megaprodução (ou até mesmo de uma pequena produção) varia de R$ 35 a R$ 90?
Os políticos, adultos e supostamente sábios, são responsáveis por altos cargos que residem em nosso país, sendo uma de suas responsabilidades integrar povo e cultura. Mas a verdade é que eles pedem votos, não cumprem promessas, desviam dinheiro de verbas públicas para suas campanhas, causam desastres em vários setores de nossa política interna e ainda têm a coragem e a cara de pau de retornar quatro anos depois em nossos televisores com sorriso no rosto e campanhas trazendo farsantes satisfeitos com seu mandato, isso apenas para se promoverem e conseguirem mais votos. O jovem é apenas um dos resultados do despotismo brasileiro.
Claro, os adultos podem nos orientar a não cair na cilada de votar em péssimos governantes. Porém, a influência de professores de extrema esquerda --que defendem o PT por ajudar os mais necessitados, embora seja um dos partidos mais corrompidos de nosso país ou que defendem partidos de extrema direita, como o DEM e o PSDB que acabaram com a maioria das escolas públicas de São Paulo e que também estão envolvidos em escândalos-– podem prejudicar o jovem, criando mentes “não-pensantes”, movidas e influenciadas pelas decisões de terceiros e das massas ao seu redor sem ter uma real noção da ideologia do partido no qual vota.
Falta também nos meios de comunicação, principalmente nos jornais televisivos e especialmente o “Jornal Nacional” da Rede Globo, que é um dos mais vistos em nosso país, a responsabilidade de se posicionar em relação ao que ocorre em nosso governo. Os jornais televisivos têm se tornado tão imparciais ao ponto de apenas citarem os fatos, sem contestá-los ou debatê-los com a população.
E por que não ensinam ao jovem um pouco de política na sala de aula? Imagine só! Imagine política como matéria obrigatória! Como discutiremos a criação da Palestina em escolas judaicas ortodoxas? O aborto nas aulas de religião de escolas católicas e evangélicas? O conservadorismo religioso que os adultos ensinam aos jovens, em sua maioria, é sujo e sem fundamento, corrompendo o jovem mais uma vez. Mas essa mudança não vai ocorrer, uma vez que, com o povo esperto, acabaria a ignorância, que sempre foi e será a “melhor amiga” para arrancar votos da população. E o melhor modo de arrancar votos da sociedade é mantê-la na ignorância desde a juventude. Eis um dos motivos para os políticos não mexerem na educação. Eles formam nas escolas, sejam particulares ou públicas, seus futuros eleitores.
Então a culpa é realmente do jovem ou do adulto que o corrompeu toda sua vida? Apenas os jovens interessados e que se desvinculam das massas, seja na mídia, na política, no que for, conseguem ter análises próprias de nossa política e vão atrás de cultura e do fim da corrupção (quem liderou e organizou a maioria das marchas?). Mas esses jovens não são a maioria. A maioria continua sem saber as oportunidades e os reais problemas do nosso país e não estão ligados ao mundo do teatro, preferindo assim gastar R$ 50 numa balada qualquer para se divertir. O Brasil não vai mudar até alguém debater esses fatos nas casas ou nas salas de aula.
Por Felipe Gonçalves Guimarães
Escrito por Mayra Maldjian às 19h24
Fonte: www.folhaonline.com.br
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