Ato público cobra carreira e piso para professores
17.08.2011| 01:30
Manifestante, o professor de História da rede estadual de ensino, Roger Sousa, 35, queria deixar claro: “Estamos em greve não só pelo salário. Queremos dignidade, respeito, melhores condições de trabalho. Vocês todos passaram por nós, professores”, disse, no meio da caminhada que parou o trânsito em vias do Benfica e do Centro, na tarde de ontem.
Professores da rede estadual e municipal, apoiados por estudantes, caminharam em protesto desde o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, na avenida 13 de Maio, até a Praça do Ferreira.
O ato unificado fez parte de uma série de ações realizadas simultaneamente ontem, Dia Nacional de Paralisação, por todo o Brasil, para chamar a atenção da população para a condição dos professores da educação básica pública no país. Convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o ato teve como lema: “Piso, Carreira e Plano Nacional de Educação”.
Em Fortaleza, professores do Município paralisaram as atividades por ontem. Já os profissionais da educação do Estado continuam em greve por tempo indeterminado. As negociações com o Governo ainda não avançaram. Alunos da rede estadual estão sem aula desde o último dia 5.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Professores e Servidores no Estado do Ceará (Apeoc), André Sabino, a caminhada se tornou um grande ato unificado em defesa da valorização do professor. “Só vamos parar a greve, quando o governador retomar a negociação, apresentando uma proposta concreta que nos agrade e respeite o piso”, disse.
Na próxima segunda-feira, às 15 horas, a categoria realizará nova assembleia no Ginásio Aécio de Borba. Servidores da Universidade Federal do Ceará (UFC), que também estão em greve, participaram da caminhada, assim como lideranças da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Segundo a primeira tesoureira da UNE, Marília Rodrigues, a entidade abraça a bandeira dos professores por acreditar que este é um caminho para melhorar a educação. “Para melhorar o ensino, é preciso valorizar o profissional. A educação no Ceará é só na garra e na coragem dos professores”, disse.
Para a dirigente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sindiute), Ana Cristina Guilherme, em nível municipal, a caminhada reivindica o piso, jornada de trabalho de 40 horas semanais e eleições diretas para diretores de escola.
fonte: JORNAL O POVO
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