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28 de maio de 2011

carta ao povo de Fortaleza


CARTA ABERTA A TODA A SOCIEDADE
                É minha gente mais uma greve, não temos palavras para dizer o que sentimos neste momento , pois é um misto de revolta , desânimo e descrédito na vida política hoje em vigor que vem cassando direitos dos trabalhadores, mergulhando o país em corrupção e destruindo anseios daqueles que buscam a escola e seus familiares. O que fazer? Ficar de braços cruzados e deixar tudo acontecer? Claro que não somente a luta é capaz de mudar o estado de coisas e a história nos mostra que cada cidadão tem direito de lutar e tem liberdade para escolher o modelo de sociedade que quer.
                Claro que nos acusarão de baderneiros e culparão nosso movimento pela má qualidade da educação, mas convenhamos não pode haver educação de qualidade se não houver boas condições de trabalho e uma das principais é uma boa remuneração. Há muitos anos lutamos pela instalação de um Piso Salarial para os educadores que certamente melhoraria nossos salários e nos daria condições para dar parâmetros para avanços econômicos em termos de remuneração além de garantia de horários para planejarmos nossas aulas e melhorar nossa atuação pedagógica.
                O pior de tudo é que nos negam tudo isso  e Fortaleza uma cidade que sempre se notabilizou por avanços, ideais de liberdade e lutas culturais e populares hoje tem uma gestão que não reconhece o direito dos educadores e os motiva a mais uma entre tantas greves de uma suposta administração popular. A situação é de desalento e de desesperança para muitos que preferem negar a luta e desacreditar que algo pode ser mudado, mas o bom de tudo é que há muitos que nos apóiam , nos motivam a lutar e acreditam que a vitória virá. Os gestores no Poder representados pelo Governo Luizianne Lins são os que há muitos anos criticavam gestões anteriores e diziam que não havia compromisso destes para a geração da educação de qualidade. O que dói é que eles nos ensinaram a lutar e hoje nos acusam de baderna, invasão ou falta de diálogo. Sabemos que a luta é muito desigual, pois eles tem nas mãos o poder da mídia, da troca de favores e da ignorância de muitos que nos acusarão de não querer trabalhar, mas ainda há pessoas que acreditam em nosso trabalho e valorizam nossa luta que não é só salarial, mas tem algo além que tem de ser apoiado pela sociedade e pelos seus diversos segmentos. Acreditem que tudo que fazemos é para o bem de seus filhos que merecem escolas dignas , de qualidade, democráticas e que gerem cidadãos conscientes, ativos na luta e desejosos da mudança de um estado de coisas que certamente não beneficiam aos povos em geral. Está na hora da mudança e o apoio de todos é fundamental, pois eles certamente não dormem em função de tanta maldade cometida para todos nós e para você que aí está.
FRANCISCO DJACYR SILVA DE SOUZA, PROFESSOR

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