Us êrru di quem num pódi
Ninguém imagina o Banco Central errando contas. Ninguém imagina o Ministério da Saúde trocando o nome de remédios ou doenças. Ninguém deveria imaginar o Ministério da Educação errando na grafia de palavras de nossa língua.
Os erros, aliás, começavam aí: em "lingua", sem acento agudo no "i", e "portuguêsa", com acento circunflexo, que já existiu na palavra mas foi eliminado em 1971, há apenas 40 anos. Os erros estavam no portal do MEC, na página que dá acesso aos livros da coleção "Explorando o Ensino". Não é a primeira vez que são apanhados erros desse tipo: o MEC, em certa ocasião, já se referiu a "extrangeiros", querendo dizer "estrangeiros".
Apenas falhas? Vá lá – mas falhas onde não deveria haver esse tipo de falhas. A coisa é tão séria que o ministério não quis informar os responsáveis pelos erros, nem mesmo se foram cometidos por empresas terceirizadas. E, considerando-se que os livros em papel serão distribuídos a escolas, seria interessante saber se será preciso refazer as páginas com erros. O ministério também não quis fornecer essa informação.
Detalhe interessante: o ministro da Educação, Fernando Haddad (este é o nome: "Fernando Vaiddad" é uma brincadeira a respeito de certas características suas) é um dos preferidos do ex-presidente Lula para disputar a prefeitura paulistana. Ele é bem formado e não comete esses erros. Mas a equipe que comanda, esta comete.
Publicado originalmente no site www.observatoriodaimprensa.com.br
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