MPF recomenda anulação de concurso para professor das Casas de Cultura da UFC
Fonte: O POVO Online/Fortaleza
O órgão, em procedimento administrativo, constatou ilegalidades no processo de seleção, além de desobediência às normas constantes no edital, como o prazo
18.03.2011| 17:47
O Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE) recomendou à Universidade Federal do Ceará (UFC) a anulação do concurso para professor das Casas de Cultura Estrangeira. O órgão, em procedimento administrativo, constatou ilegalidades no processo de seleção, além de desobediência às normas constantes no edital, como o prazo.
De acordo com a Procuradora da República Nilce Cunha Rodrigues, os princípios da impessoalidade, isonomia e moralidade administrativa não foram respeitados na condução da seleção.
De acordo com a Procuradora da República Nilce Cunha Rodrigues, os princípios da impessoalidade, isonomia e moralidade administrativa não foram respeitados na condução da seleção.
Entre os professores aprovados está um candidato que, segundo o MPF, pode ter se beneficiado da "preferência" de um dos integrantes da banca examinadora. Esse examinador já havia postulado, em 2009, o ingresso do candidato nos quadros da UFC com o aproveitamento do resultado de um concurso realizado por uma instituição de ensino superior no Maranhão.
Ainda se acordo com o MPF, outro problema constatado teria sido a desobediência do prazo dado aos candidatos para apresentação de recursos contra o resultado. De acordo com o edital nº 142/2010, esse tempo seria de sete dias, mas na prática apenas dois dias transcorreram entre a divulgação do resultado e a publicação do mesmo no Diário Oficial da União.
"Os problemas que envolvem o certame começaram ainda na redação do próprio edital que previa o provimento de vagas para o cargo de Professor da Carreira do Magistério do Ensino Básico Técnico e Tecnológico. O edital se baseia numa resolução de 1986 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) que disciplinava concursos para Professor de Ensino de 1º e 2º Graus, cargo que não existe mais", alegou o MPF em nota.
Além da anulação do concurso, a procuradora recomendou à UFC, entre outras considerações, que, nos futuros concursos, os membros das comissões julgadoras sejam escolhidos dentre professores alheios à respectiva Casa de Cultura Estrangeira em que se dará o provimento dos cargos.
"Os problemas que envolvem o certame começaram ainda na redação do próprio edital que previa o provimento de vagas para o cargo de Professor da Carreira do Magistério do Ensino Básico Técnico e Tecnológico. O edital se baseia numa resolução de 1986 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) que disciplinava concursos para Professor de Ensino de 1º e 2º Graus, cargo que não existe mais", alegou o MPF em nota.
Além da anulação do concurso, a procuradora recomendou à UFC, entre outras considerações, que, nos futuros concursos, os membros das comissões julgadoras sejam escolhidos dentre professores alheios à respectiva Casa de Cultura Estrangeira em que se dará o provimento dos cargos.
Redação O POVO Online
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4 Comentário(s)
4 Comentário(s)
NAO REVELEM 18/03/2011 23:03 se investigarem outros concursos la na ufc...vao ver q tem mt mutretagem...na fisica , na matemática, na computação, nas engenharias...No edital normalmente os topicos sao a tese de doutorado do "candidato"
Jesus Aldo 18/03/2011 21:33 A UFC está se afundando com esse pessoal que acha que é dono da universidade e que vão ficar mamando na moleza enquanto os peões trabalham.
Flora 18/03/2011 21:06 Essas falhas foram descobertas e as outras que pertenceram a outros concursos passados? Na hora da matrícula, o candidato fica retido, ou seja, não tem mais vaga, sabendo nós que vagas existem para os beneficiados sem dúvida alguma. Agora isso está nos provando que devemos abrir mais os olhos ao participar de concursos, pois quantos não tem a mesma prática e nunca sabemos? É bom, que participantes de concursos fiquem mais atentos e vigie todos os passos de um certame, inclusive um edital e seu cumprimento e legalidade na íntegra. Achei boa essa atitude do ministério frente a este acontecimento. Está de parabéns o MPF.
gilardo 18/03/2011 21:02 Esse tipo de notícia até nos assusta, ficamos pensando que não estamos no Brasil.Pois aqui ¨ é cultura¨ as pessoas que ocupam posições de mando nas instituições públicas de qualquer área colocarem ¨ licitamente¨atraves de ¨concursos¨seus apaniguados por vários motivos. Parabéns então a essa autoridade que Deus a conserve assim. No entanto, quando se trata dos ¨empobrecidos, ridicularizados, humilhados, professores da educação básica, nossos políticos que trabalham demais, chamam o tempo que exigimos para pesquisa, estudo, elaboração de tds,provas, etc, de ¨moleza¨ e o que as autoridades desse país que continua colônia norteamericana, fazem vistas grossa.É triste.
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