Seria ótimo para os trabalhadores, se cada categoria pudesse se reunir em assembleia e decidir o merecido aumento salarial, conforme podem fazer os parlamentares. Enquanto tivemos entre 4% e 6% de aumento, eles reajustaram seus vencimentos em mais de 60%. Fico até me perguntando se realmente somos tratados de forma igual, como manda o artigo quinto da Constituição Federal.
Concordo que, se todos os trabalhadores decidissem seus reajustes, a economia nacional entraria em colapso, os cofres públicos e privados não suportariam. Então, o justo seria os parlamentares receberem o mesmo percentual de reajuste concedido pelo governo para o salário mínimo.
O vereador Plácido Filho considerou absolutamente normal a “equiparação salarial”, já o presidente da Câmara de Vereadores de Fortaleza, Salmito Filho, declarou à imprensa que o reajuste do legislativo, é “justo” se consideradas as atribuições dos “representantes do povo”. Aí vem outra dúvida: as atribuições dos outros trabalhadores, também não são importantes? Somos um corpo social, todos dependemos uns dos outros.
Imagine o tamanho da responsabilidade de um motorista de ônibus, transportando tantas vidas, todos os dias, em ônibus sempre superlotados, trânsito caótico, ruas cheias de obstáculos. Imagine a responsabilidade dos profissionais de comunicação, que disseminam notícias para todo o mundo e por isso têm uma imensa responsabilidade nas mãos, e assim como o legislativo têm o papel de fiscalizar o funcionamento da sociedade, denunciar os abusos e cobrar providências.
Bem se vê que o critério da “importância das atribuições” não pode ser alegado para explicar tamanho percentual de reajuste para uns servidores públicos, e um quantitativo tão irrisório para outros e para a iniciativa privada.
FONTE: blog da Janga - www.jagandeiroonline.com.br
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