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Binômio pobreza e educação

Por mais que sejam intensificadas as políticas públicas, relacionadas à geração de renda e à diminuição do desemprego, ainda são insuficientes para, pelo menos, reduzir a pobreza no país. Trata-se de uma chaga social que, não obstante ser tão antiga, continua como sérios desafios aos governos, tanto no Brasil como em outras nações em desenvolvimento. No Brasil, pelo menos, a pobreza é 35% menor do que o estimado, de acordo com pesquisa de Orçamento Familiar, de 2008 e 2009. Conforme o levantamento, os pobres no país são 29 milhões e 800 mil, como revelou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio de 2008. A diferença, entre os dois estudos, compreende a inclusão das Pesquisas de Orçamento Familiar e da economia de subsistência, a chamada renda comunitária. Esse resultado, evidentemente, diminui pela metade, o custo para eliminar a pobreza no Brasil, como foi publicado em 28 de junho de 2010. Outro dado positivo é relacionado ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica-IDEB, que subiu de 4,2 pontos, em 2007, para 4,6 pontos, em 2009.

Consoante o Ministério da Educação, o resultado supera em 0,4% a meta prevista para 2009, que era de 4,2. Entretanto, no ensino médio, o IDEB foi menor, passando de 3,5, em 2007, para 3,3, em 2009. Mesmo assim, foi alcançado o resultado esperado, que era de 3,5. O IDEB foi criado em 2005 para medir a qualidade do ensino público, tendo como parâmetro a média alcançada nos países desenvolvidos, sendo que o indicador é avaliado a cada 2 anos e são estabelecidas as metas para o período, que variam de 0 a 10. No Brasil, a meta do Governo é alcançar nota 6, até 2022, sendo que o cálculo é feito através da Prova Brasil e do índice de reprovação, em nível nacional. Apesar dos números favoráveis sobre o declínio da pobreza e a melhoria do índice de Desenvolvimento da Educação Básica, os governos brasileiros precisam investir mais no binômio pobreza e educação, fatores essenciais para que o país possa atingir o tão sonhado estágio de desenvolvimento.

Fonte: JORNAL O ESTADO

Editorial do dia 03 de Dezembro de 2010