Duas reuniões importantes marcaram a agenda do presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão, na última semana. A primeira aconteceu na quinta-feira, dia 25, no Rio de Janeiro. Foi a reunião das Centrais Sindicais do Mercosul, na qual as coordenadorias do setor da educação do Brasil, Uruguai, Argentina, Chile e Paraguai se reuniram para apresentar ao Comitê Coordenador Regional propostas sobre o tema educação.
O principal foco dessa reunião foi discutir a formação dos professores. De acordo com Leão, é preciso que na formação dos docentes, as propostas pedagógicas construídas pelos educadores da América Latina sejam estudadas nas nossas universidades. Isso porque, segundo ele, o conhecimento geral da cultura é fundamental. “Para isso, entretanto, é necessário que passos sejam dados; e o primeiro, na minha opinião, é que temos que fazer uma integração cultural. Temos que ter um processo que permita o conhecimento da cultura desses países já na formação dos professores. É preciso que os professores brasileiros conheçam a cultura dos argentinos, dos chilenos, dos paraguaios e vice-versa”, ressalta.
Já na sexta-feira, dia 26, ocorreu a 39ª reunião de Ministros de Educação do Mercosul. Nela, os representantes de Centrais Sindicais, incluindo Leão, que representava a CUT, apresentaram propostas sobre a saúde dos profissionais de educação. “O males que afetam os trabalhadores brasileiros da educação são os mesmos que afetam os educadores de educação de todos os demais países daqui do Mercosul. E o que eu particularmente entendo é que, na instância do Mercosul, se crie uma comissão que se destine a discutir a saúde e propostas para resolver os problemas da saúde dos trabalhadores da educação. Eu creio que esse será um processo trabalhoso, mas necessário", destaca o presidente da CNTE.
Para Leão, é de extrema importância que os trabalhadores em educação do Mercosul se unam para defender os interesses em comum. “O Mercosul não pode ser apenas um bloco de integração comercial. É necessário que se tenha um processo de integração entre esses países para que os trabalhadores possam estar cada mais unidos para defender não apenas os seus interesses corporativos, mas no caso da educação, um interesse da educação pública de qualidade, que é uma luta de todos os trabalhadores da educação dos países que compõem o Mercosul.”
Um documento com a análise sobre a formação dos docentes, formulado pelas Centrais Sindicais, será entregue na reunião de cúpula de presidentes do Mercosul, nos dias 14, 15 e 16 de dezembro, em Foz do Iguaçu, no Paraná, onde o tema voltará a ser discutido. Fonte: CNTE |
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