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22 de fevereiro de 2010

quem é o verdadeiro professor?


QUEM É O VERDADEIRO PROFESSOR?


            Em nossas histórias de vida tivemos professores memoráveis que nos deixaram marcas que ficaram conosco até os dias de hoje. Despontavam nesses profissionais o caráter, o respeito , a exigência e a cobrança e , simplesmente o modo alegre de transmitir o conhecimento. Tais qualidades são vitais para que o processo educativo ocorra  e gere bons frutos. Nos dias de hoje a Sociedade vem mudando mas sabemos que o bom professor não se mede somente pela qualidade técnica ou pelo volume de conteúdos, mas principalmente pelo denodo profissional e pela garra de desenvolver seu trabalho diante dos infortúnios da profissão dos dias de hoje.
            Como a sociedade muda o perfil do bom educador também vai mudar e nos dias de hoje precisamos de educadores em lugar de simples professores, a preocupação com a sociedade onde os alunos estão inseridos é vital para o bom desenvolvimento da profissão. Sabemos que o professor tem de está formado de forma teórica e prática no sentido de saber revolucionar o ensino e a sociedade com idéias, com engajamento, com discussão dos rumos da profissão e com um compromisso ativo com a sociedade da qual faz parte. A questão ideológica é vital para uma boa formação, o professor não deve nem pode ser neutro, a neutralidade supõe aceitação do status quo e subserviência.
            Um bom educador é, sobretudo , um intelectual na verdadeira acepção da palavra, o bom professor deve estar antenado nas mudanças de sua sociedade e nas transformações na prática educativa para entender os rumos da atividade educativa e para ser agente ativo de mudança que trará uma significação importante na vida de seus alunos. O bom professor é agente ativo e participante no contexto das atividades escolares afinando – se com processos de desenvolvimento da escola, com ações compromissadas, com alegria no fazer pedagógico e com busca constante de mecanismos que tornem suas aulas prazerosas e alegres em termos de participação e compromisso.
            O bom professor é sempre um ser político que deve participar da busca  de resolução dos problemas de sua categoria estando sempre ativo na cobrança da dignidade da profissão e dos meios adequados para um boa prática pedagógica. O professor deve exigir respeito da sociedade mostrando – se sempre com ser superior na cadeia do conhecimento e exigir sempre gestões comprometidas com a educação lutando sempre para o banimento dos que utilizam a educação como discursos que na prática não existem. O professor  deve sempre mostrar a seus alunos o cerne da política e os processos engendrados na negação do direito à educação hoje tão comum no mundo moderno. O professor não pode desenvolver uma prática ingênua na profissão e deve está sempre atento ao que ocorre em sua volta para não ser embebido pela política ou pelos efeitos das religiões alienantes e conformistas.
            O professor deve ser firme em suas posições e deve acreditar sempre no processo educativo não apenas como meio de melhora social, mas como fator de desenvolvimento da vida dos alunos em termos de intelectualidade ou desenvolvimento com ser humano. O bom professor deve aplicar o seu conhecimento em busca da concretização dos valores éticos que são fundamentais para a geração de uma sociedade melhor e mais justa. É preciso que o bom educador invista pesadamente em sua formação dentro de processos de luta para que os gestores da educação dêem boas condições de trabalho para que o bom ensino realmente aconteça.
            É importante para o professor compreender as visões de educação predominantes no contexto histórico da educação e analisar a relação entre os regimes políticos e o processo educativo. O bom professor denuncia as más condições de trabalho, o descompromisso dos governos de plantão  e o papel do sistema vigente como entrave à educação de qualidade.
            O bom professor é , enfim, um revolucionário, um agitador e um maestro que rege uma orquestra de sonhos que não podem ser transformados em quimeras ou mentiras. Acreditar na educação é vital para o educador , porém deve – se pensar que há mecanismos políticos, culturais e sociais engendrados no processo que devem ser desnudados para uma boa prática educativa e para uma sociedade sempre justa e igualitária.

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