Luiz Gustavo é professor de Língua Portuguesa.
Por sinal, muito bom professor. Por essa razão, jamais se esquece de simultaneamente aos conteúdos que ensina, solicitar aos alunos o insistente uso de “habilidades operatórias”. Como bem explica, essas habilidades se expressam por “verbos de ação” que provocam e instigam aptidões e capacidades necessárias à compreensão e a intervenção dos saberes que se aprende, para mais saberes aprender. Luiz Gustavo exemplifica mostrando que todo conteúdo novo se conecta a outros fatos quando o aluno sabe usar esses verbos, como “comparar”, “relatar”, “medir”, “combinar”, “criticar”, “classificar”, “interpretar”, “deduzir”, “sintetizar”, “aplicar” e ainda muitos outros.
É claro que não existe uma habilidade mais importante que outra e que assim todos os verbos se bem usados ajudam a consolidar aprendizagens, mas ainda que reconheça igual importância, Luiz Gustavo se anima sempre quando descobre que seus alunos aprendem “argumentar”. Argumentar, destaca o professor, é saber pensar, é transformar pelo raciocínio um fato em conseqüência, uma conseqüência
- Professor Luiz. Não concordo com minha nota. Acho que respondi de maneira correta o que foi perguntado e a nota não expressa essa correção.
- Parabéns Alfredo. Acho que não devemos mesmo concordar com tudo quanto nos impinge. Você está certo, entre com um “recurso” que farei uma revisão consciente na correção.
- Professor, gostaria de mudar de grupo! - Mestre, penso que é muita a lição! - Luiz, não acho certo ter que usar canetas de duas cores para apresentar o trabalho! E, tal como essas, Luiz Gustavo sempre provocava desafios, propunha alternativas que questionava a opinião de seus alunos. Não é um professor essencialmente “polêmico”, mas adora inventar polêmicas, para que possa sempre responder.
- Perfeito. Entre com um recurso que examinarei seus argumentos com atenção.
Claro que seria mais rápido e bem mais objetivo, responder verbalmente aos alunos, mas se valia da proposta para o recurso porque desejava que seus alunos se habituassem a reclamar por escrito e, sobretudo, pensar
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