Prefeitura está sem verba para aumento
O deputado Artur Bruno, após destacar os aumentos dados por Luizianne, disse que este ano está faltando dinheiroHá um problema real na diminuição da receita municipal e, por isso, talvez a prefeita Luizianne Lins não vá poder conceder o reajuste salarial que os professores estão reivindicando. A informação é do deputado Artur Bruno (PT), que em pronunciamento ontem, na Assembléia Legislativa, garantiu que vai defender o máximo de reajuste possível para os professores da rede municipal, porém respeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).“Claro que o professor da rede pública ganha pessimamente. Está ganhando em média R$ 4,00 por hora aula. É preciso que superemos esse salário deplorável que ainda ganha o professor da rede pública, mas temos que ser justo com os dois lados da moeda”, argumenta o parlamentar do PT.Segundo afirmou, nesses quatro anos de mandato a prefeita deu um reajuste médio de 35% acima da inflação, tendo em 2007 implantado o Plano de Cargos e Carreira (PCC) de várias categorias. Porém destaca que agora, tanto o repasse da União quanto do Estado para a Prefeitura de Fortaleza diminuíram, e a prefeita terá que ajustar as despesas.Transparente Bruno defende que a greve é um direito dos trabalhadores e que a gestão de Luizianne está tratando essa questão de forma transparente, garantindo que na próxima semana a prefeita irá se reunir com o conjunto de servidores que estão de greve.Antes do petista ter dado essa informação, a deputada Tânia Gurgel (PSDB), já havia subido à tribuna da Casa para mais uma vez cobrar diálogo entre a chefe do Executivo municipal e os grevistas. A tucana destacou que está na hora de a prefeita dialogar com servidores e com o sindicato para da melhor forma, discutir as reivindicações e fazer com que os serviços municipais voltem a funcionar normalmente, dando a população o que ela precisa.Tânia Gurgel se disse surpresa ao saber que até os procuradores do Município também entraram em estado de greve, afirmando que “alguma coisa está fora de ordem”, devido ao conjunto de greves que está ocorrendo, assegurando portanto, a necessidade de diálogo entre a chefe do Executivo municipal e os servidores. “Ela (Luizianne Lins) precisa ter a clareza de que esse diálogo nesse momento é fundamental. Não dá mais para mandar pessoas para representá-la. Os sindicatos querem conversar com a própria prefeita”, salientou.EstadistaPara a parlamentar tucana, comportamento diferente do de Luizianne Lins teve o governador Cid Gomes, afirmando que ele teve uma posição de estadista quando recebeu um grupo de representantes dos professores em greve e discutiu os pontos levantados pela categoria.De acordo com o líder do Governo na Assembléia, deputado Nelson Martins (PT), foi feita ontem, uma audiência de conciliação no Ministério Público do Estado (MP) para tratar da greve dos professores do Estado. Ficou acordado que hoje haverá uma assembléia da categoria com a participação do governador quando será decidido o fim da greve e retomada das negociações.O líder destacou que foi assegurado por Cid Gomes a criação no início da próxima semana, de uma comissão para tratar da implantação imediata da lei do piso dos professores a ser efetivado em julho.
CÂMARA
Líder da prefeita diz que pessoal terá que fazer uma opção´Teremos que escolher entre a implementação dos PCCS (Planos de Cargos, Carreiras e Salários) e o reajuste inflacionário. Nós (a Prefeitura) não temos condições concretas de trabalhar os dois cenários´, disse o vereador e líder da prefeita na Câmara Municipal, Acrísio Sena (PT). A declaração se refere às reivindicações salariais das diversas categorias de servidores públicos municipais que se encontram, ou ameaçam entrar em greve. Segundo o parlamentar, apesar deste ainda não ser o posicionamento oficial da Prefeitura, ´tudo caminha para isso´.Acrísio ressaltou que no primeiro mandato da prefeita Luizianne Lins, a folha de pagamento de servidores saltou de R$ 39 milhões para R$ 81 milhões. Mas hoje, Fortaleza, assim como as demais capitais do Nordeste brasileiro, enfrenta uma situação de crise financeira grave, ´a ponto de termos que realizar um contingencimento de mais de 10% do orçamento do município´, disse.O petista afirmou que, em breve, os servidores terão que optar pelas prioridades das suas reivindicações. Posto que a administração não terá condições de atender a tudo. ´Agora, temos que dar um passo seguro para que tenhamos boas conseqüências futuras´, destacou.
Fonte: Diário do Nordeste
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