Clima
Aquecimento mata 300 mil por ano
As projeções do fórum presidido por Kofi Annan indicam para 2030 que a mudança climática seria a responsável por 500 mil mortes anuais
30 Mai 2009 - 01h22min
A mudança climática causa a morte de 300 mil pessoas ao ano e representa um custo econômico de US$ 125 bilhões (R$ 246 bilhões). É o que alerta um relatório do Fórum Humanitário Global, presidido pelo ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan. O estudo foi apresentado ontem, em Londres. A publicação do estudo integra uma estratégia que busca “pressionar” os governos para alcançar um acordo na Cúpula Mundial do Clima, marcada para dezembro, em Copenhague. Annan lamentou que a crise econômica tenha relegado a luta contra a mudança climática a um segundo plano. “A mudança climática não vai esperar”, afirmou. O dossiê indica que o fenômeno afeta atualmente mais de 300 milhões de pessoas e que suas consequências prejudicam especialmente os países mais pobres: 99% das pessoas mortas em razão das consequências da mudança climática estão nos países em desenvolvimento. No entanto, esses países emitem apenas “1% do CO2”, de acordo com o relatório. As projeções realizadas para o ano de 2030 indicam que, se continuar assim, a mudança climática seria a responsável de 500 mil mortes anuais, afetaria 600 milhões de pessoas e representaria um custo econômico de US$ 300 bilhões. O relatório sugere que o aumento no nível dos oceanos, a desertificação e as alterações nos padrões de chuva estão reduzindo o acesso da população à água e alimento. Também aumenta os índices de diarreia, malária e problemas com nutrição. Cooperação A presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, pediu mais cooperação entre Pequim e Washington, contra a mudança climática no momento em que o mundo se prepara para assumir novos compromissos após 2012, ano no qual expira a primeira fase do rotocolo de Kyoto. Em discurso pronunciado na Universidade de Tsinghua, em Pequim, Nancy destacou que China e os EUA precisam trabalhar estreitamente para enfrentar a era pós-Kyoto, cujas obrigações serão decididas em Copenhague. Os dois países, atualmente, são os maiores emissores de gases que intensificam o efeito estufa. (das agências de notícias)
JORNAL O POVO - MUNDO 30/05/09
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