POSTS RECENTES

9 de outubro de 2010

mais reflexão

Estudante baleada dentro da escola"

Tamanho do texto: A A A A     


 
A manchete do jornal O ESTADO da última quarta-feira, 6 de outubro, e que titula este artigo, reflete o clima insano entre os jovens. Não é um fato isolado e, por isto, merece profunda reflexão por parte da sociedade, cada um fazendo a sua parte em busca de paz e harmonia. O lamentável caso, em espécie, ocorreu em uma escola pública do Município. Isto me faz recordar dos bons tempos vividos em estabelecimentos da rede pública. Era um tempo de muita disciplina e respeito. Lembro que ao vir de Palmácia fui estudar no Grupo Municipal Duque de Caxias, onde cursei o terceiro e o quarto ano primário.

Lá, a disciplina era rígida. Havia o inspetor Anatólio, o guardião da ordem, que se encarregava de supervisionar as salas de aula e era muito temido pela estudantada, pois imprimia muito respeito. Qualquer anormalidade ele conduzia o infrator à diretoria para justificar-se na presença da Professora Zélia ou da Professora Ivone. Após o intervalo do recreio, cada turma formava filas no pátio e uma a uma, ordenadamente, dirigia-se para a respectiva classe. Na primeira aula de Canto Orfeônico ministrada pela professora Leda, aprendia-se a dar boas vindas a quem visitasse a classe. Assim, o visitante era respeitosamente recebido pelos alunos que, de pé, cantavam: “Amigo, seja bem-vindo./ A casa é sua, não faça cerimônia / Vá pedindo, vá mandando/Seja seu tudo que tenho de meu/ E mais: a Divina Graça!/ Amigo seja bem vindo”. O controle de frequência era feito de duas maneiras: pela chamada com apontamento no Diário de Classe, e pela colocação do carimbo “compareceu”/“faltou”, na caderneta individual que era entregue no portão e devolvida no final do turno. Nessas Cadernetas haviam páginas destinadas a comunicações entre a diretoria e os pais, bem como ao registro de ocorrências envolvendo o aluno, como suspensão, advertência, etc, sistema igualmente adotado no Ginásio Municipal (hoje, Colégio Municipal Filgueiras Lima) que funcionava na Praça do Carmo (atual prédio do Instituto do Ceará) onde cursei os quatro anos ginasiais e o primeiro Científico. No Liceu do Ceará cursei o 2o e o 3o colegiais. Ali, no tradicional casarão da Praça Gustavo Barroso, no Jacarecanga, me deparei-me também com excelente clima disciplinar, competentes professores e dedicados servidores. O coleguismo era a tônica, em cada professor um amigo. Havia a reunião de pais e mestres. Era a década de 60. E lá até hoje a coisa mudou. Comparemos os estilos e tiremos lições, pois não?

Nenhum comentário: