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26 de setembro de 2011

Recebi este texto por e - mail de Messias Pontes - reparto com vocês para reflexão.


Resultado Fatal
Há verdades que são ditas de modo sintético através de provérbios, axiomas ou curtas sentenças.
Os escritores latinos foram peritos nesta seara. Deixaram-nos muitas máximas de conteúdo moral, jurídico e doutrinário. Uma dessas diz que “sublata causa, tollitur effectus” – tirada a causa, cessa o efeito. É um axioma. Não precisa comprovar.
Alguns dias atrás, o governador do Ceará disse que se os professores do ensino público quisessem ganhar mais, deveriam procurar a rede privada de ensino, pois o ensino público e o estado estavam falidos. É a conclusão a que se chega naturalmente. Também se deduz que o estado não necessita de bons professores. Eles devem ser úteis á rede privada. Que barbaridade!
Com isso o governador deu o atestado de óbito da educação pública cearense e, pasmem, quer que os professores da rede pública sejam miseráveis.
O resultado dessa posição governamental não demorou a chegar e, para nossa tristeza, ultrapassou os limites de nosso estado.
No dia 13 de setembro de 2011, foi divulgado o triste resultado do ENEM a que chegou o Ministério da Educação. É estarrecedor. Fatal mesmo. Ei-lo: Das escolas brasileiras, as dez piores estão no estado do Ceará.
Diante das afirmações do governador, esse resultado não o admira. A nós, educadores, causa-nos tristeza, preocupação e quase revolta, pois sabemos que sem educação e instrução um povo não se desenvolve.
Esse resultado veio comprovar o alto apreço que o governador tem pela educação, pelo ensino público e pelos profissionais da educação.
Certamente nosso governador ficou feliz. Vão, professores, para a rede privada porque nossas escolas são a ralé da educação e não precisam de vocês. Que tristeza!
Um linimento. As dez melhores também são do Ceará, só que da rede privada como quer o governador. Entre estas está o nosso Colégio Militar, estabelecimento público de alta qualidade e do alto do pódio em que está, diz-nos que o ensino público tem o mesmo valor do da rede privada se encarado com a seriedade, o respeito e a responsabilidade que ele requer e merece.
A triste conclusão a que se chega aqui no Ceará: o ensino público cearense está falido e é rebutalho e a escola pública é incompetente.
A causa deste tsunami educacional do Ceará é o pouco valor dado à educação por nosso governador que, certamente, considera o investimento na educação uma grande perda. Não há boa educação sem professores motivados e sem infraestrutura.
Em outro artigo já disse que o Ceará lidera o péssimo “ranking” das escolas públicas. É o óbvio ululante: Sublata causa, tollitur effectus – tirada a causa, cessa o  efeito.
 Governantes, políticos sérios valorizem a educação e seus profissionais e esse quadro será totalmente revertido. Pelo apreço à educação, parabéns, governador, pelas dez piores escolas do Brasil.
Prof. José Cajuaz Filho.

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