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1 de setembro de 2011

e a justiça ? onde está ?

Os juízos e a Educação




Posso afirmar com certeza que muitos magistrados nunca visitaram uma Escola Pública, e talvez, tenham uma espécie de ojeriza aos pobres mortais chamados, hoje, de professores que têm sintomaticamente sido relegados pelos poderes constituídos.
É incompreensível que toda greve de professores, às vezes, decorrentes de negociações, discussões , propostas e tudo que possa ser considerado legal possam no final de tudo serem consideradas ilegais. Mas o mais triste e nefasto da história são alegações dos senhores magistrados que associam escola à merenda escolar tirando firmemente o sentido legal da educação onde na própria LDB diz que tal instrumento é programa suplementar.
Não há uma só admoestação dos juízes no sentido de fazer com que governos cumpram a legalidade que o próprio Supremo Tribunal Federal já confirmou. Como diria o filósofo musical: Para o mundo que eu quero descer... Os juízes são sim criaturas normais, mas a distância salarial e poder os colocam em uma casta além dos educadores que confronta poder com visão social e claro que podemos afirmar claramente que jamais a educação como demanda social será vista pelos nobres magistrados como necessidade de um povo.
A questão principal em relação ao problema tem a ver com visões errôneas do papel da escola e do sentido do trabalho dos educadores que, hoje, têm jornadas excessivas, más condições de trabalho e falta de respeito da sociedade em relação ao simples cumprimento de uma lei constitucional e certa. Onde estamos? O que fazemos ? Como somos vistos pela sociedade ? Tais questionamentos são um bom material para uma boa tese de mestrado e doutorado.
A visão que temos, hoje, é que educação é simplesmente retórica e que os magistrados, os deputados, os governadores e os prefeitos não sabem seu valor e ainda não entenderam a importância do processo educacional para a mudança não só social, mas tecnológica e cultural de um povo. Talvez por isso haja essa perseguição implacável dos governos e dos magistrados aos educadores que têm um outro tipo de poder que eles jamais irão entender.
A visão que temos é que Estado e Sociedade estão caminhando em direções contrárias. É importante que os magistrados conheçam as escolas e que saibam os dilemas dos educadores e dos educandos que, certamente têm fome de saber que vai além de uma simples canetada que destroi sonhos, ideais e lutas.
Fonte: JORNAL O ESTADO

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