Educação reprovada
Dados do mais recente Censo Escolar dão a dimensão da catástrofe educacional no Brasil. Um em cada cinco estudantes brasileiros do ensino fundamental está atrasado na escola. No ensino médio, de acordo com o Censo, a situação melhora um pouco, e a proporção de alunos que não está matriculada na série indicada à faixa etária cai para três em cada dez estudantes. O estudo indicou ainda que as regiões Norte e Nordeste concentram os maiores índices de estudantes fora da faixa etária. No Pará, por exemplo, quase 40% dos alunos do ensino fundamental não cursam a série adequada para sua idade, mais do que o dobro da média nacional. Este descaso educacional é um dos fatores que acentuam, a médio e longo prazo, as disparidades existentes entre a banda desenvolvida do País e o lado esquecido, crivado por bolsões de miséria e baixo nível cultural.
O próprio governo reconhece que o percentual de alunos fora de série adequada está em ascensão, resultado, principalmente, do arrefecimento da política de progressão continuada, aquela à qual o estudante não é reprovado ao final do ano caso não obtenha as notas mínimas exigidas. O Ministério da Educação alega que muitas redes de ensino que tinham como orientação a não reprovação dos alunos nos primeiros anos do ensino fundamental mudaram essas diretrizes, o que, consequentemente, fez elevar o número de repetência escolar e da distorção idade-série.
A via crucis dos estudantes brasileiros, sempre nas últimas posições nos testes internacionais, só terá um final feliz se todos passarem a acompanhar ativamente o recebimento e aplicação dos recursos destinados à Educação, apurando desvios e gastos inadequados, além da participação efetiva da família como incentivadora da permanência e perseverança dos alunos nas escolas durante os anos de formação básica, anos estes essenciais à vida futura de qualquer pessoa.
Fonte: JORNAL O ESTADO - FORTALEZA / CEARÁ
O próprio governo reconhece que o percentual de alunos fora de série adequada está em ascensão, resultado, principalmente, do arrefecimento da política de progressão continuada, aquela à qual o estudante não é reprovado ao final do ano caso não obtenha as notas mínimas exigidas. O Ministério da Educação alega que muitas redes de ensino que tinham como orientação a não reprovação dos alunos nos primeiros anos do ensino fundamental mudaram essas diretrizes, o que, consequentemente, fez elevar o número de repetência escolar e da distorção idade-série.
A via crucis dos estudantes brasileiros, sempre nas últimas posições nos testes internacionais, só terá um final feliz se todos passarem a acompanhar ativamente o recebimento e aplicação dos recursos destinados à Educação, apurando desvios e gastos inadequados, além da participação efetiva da família como incentivadora da permanência e perseverança dos alunos nas escolas durante os anos de formação básica, anos estes essenciais à vida futura de qualquer pessoa.
Fonte: JORNAL O ESTADO - FORTALEZA / CEARÁ
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