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26 de abril de 2011

leia e veja se seu gestor é esse....

Idiota disfarçado de gestor










Já faz algum tempo que identifiquei um traço comum do perfil de algumas pessoas responsáveis pela gestão de setores organizacionais ou mesmo da empresa como um todo. Ou seja, independentemente de ser funcionário ou empresário, existe um comportamento que predomina e rege as relações de negócios.

Considerando que as pessoas que estão responsáveis pela gestão de alguma coisa, são as mesmas que decidem sobre todos os assuntos ligados à sua esfera de poder, a tragédia se instala quando essa conduta se replica em instâncias inferiores na escala da hierarquia. Ou seja, quando os subordinados assimilam e repetem o mesmo procedimento tomando como base o juízo de valor do chefe.

Por essas questões, talvez esse traço marcante, que resulta em comportamento, seja a resposta para aquela pergunta: por que uma organização, uma cidade ou um estado cresce mais que o visinho?

Pois bem, após ouvir um desabafo de um consultor de empresas que coincidiu com minhas observações, acabei recebendo o incentivo de Eike Batista para comentar o assunto, pois não se trata de casos fortuitos, mas de um perigo real que ronda à espreita.

Certo dia, aquele consultor foi contratado para organizar uma empresa cujas definições de papéis e atribuições de responsabilidades, estavam previstos em seu escopo de trabalho, juntamente com a seleção dos funcionários.

No decorrer das atividades, uma pessoa da equipe de vendas se destacava por sua desenvoltura com os clientes e pela forma como ela assimilava as características dos produtos. Segundo o consultor, essa vendedora conseguia ressaltar cada vantagem do produto de formas diferentes, como se customizasse o produto ao cliente. Era um talento inegável que trazia resultados interessantes.

Tinham acertado cinco por cento de comissão quando do cumprimento da meta. Já no primeiro mês, aproximou-se da meta de venda individual. No segundo mês conseguiu ultrapassar a sua meta; e do terceiro mês em diante, ajudava os colegas mostrando os seus argumentos, superando em muito a sua meta de venda. O faturamento da empresa começou a subir e o consultor afastou-se da organização.

Passado um tempo, o consultor retorna a essa organização e a conversa foi essa:

Consultor: E então, como andam as coisas?
Gestor: Está tudo bem...
Consultor: E aquele vendedor, está faturando muito?
Gestor: Ele não está mais conosco, saiu.
Consultor: Que pena, estava indo muito bem, ele teve que sair por motivos de saúde, família?
Gestor: Não, na verdade eu que coloquei para fora!
Consultor: Puxa vida, mas aconteceu algo sério?
Gestor: Rapaz, ele estava tirando uma média de cinco mil Reais de comissão... vendedor com esse salário? ...comigo não fica.
Consultor: (silêncio)


Quebrando o silêncio do consultor, quer dizer que esse gestor estava mais preocupado com quantia que o vendedor estava ganhando do que com o sucesso do seu próprio negócio? Quer dizer que ele prefere perder a ter que ganhar com os outros? Significa que a realização do vendedor estava machucando o gestor, mesmo sendo um colaborador eficaz para o seu empreendimento? São tantas as perguntas que ainda faltam ser feitas que mesmo assim, as respostas só ajudarão a explicar a lógica do gestor. Mas jamais conseguirão justificar tal atitude.


Agora, imagine esse perfil de gestor sendo disseminado em uma sociedade através de seus subordinados! O resultado é uma cultura medonha, miserável, que promove a estagnação de tudo.

Importa saber que Eike Batista afirma ter criado um projeto que tem a sigla PPI. Trata-se do Projeto à Prova de Idiota. Esse projeto está calcado no entendimento de que “toda empresa, em algum momento, será comandada por um idiota, nem que seja por pouco tempo. Sabendo disso, nós montamos empresas que possam sobreviver aos idiotas”. Veja, Ed. 2211, 06 de abril de 2011, p.56.
Fonte: blog mgarfil.blogspot.com

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