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4 de abril de 2010

professores de espanto - Rubem Alves...

PROFESSORES DE ESPANTO


PROFESSORES DE ESPANTO
Inteligência não é saber as coisas. Para saber as coisas, basta você ter boa memória. Há idiotas de memória perfeita ue guardam todas as coisas. Há um neurologista famoso, que escreveu livros fantásticos, chamado Oliver Sacks. Ele conta a história de pessoas débeis mentais que eram capazes de fazer as operações matemáitcas mais fantásticas instantaneamente. por exemplo: qual é a raiz quadrada de 728.00 multiplicado por 327? instantaneamente eles produziam a resposta, mas perguntavam para elas: " Como é que você fez a operação?" Ela não sabia como é que aquilo tinha acontecido, porque a cabeça dela funcionava como uma calculadora. Produzia o resultado, mas como é que a coisa tinha sido produzida , ela não sabia. Então a questão da inteligência não é saber as respostas. A questão da inteligência é saber fazer as perguntas e as perguntas surgem deste espanto diante das coisas. 
Estou com a idéia de que é preciso criar um novo tipo de professor: professor de espanto.  O que é o professor de espanto? É o professor que não sabe nada , ele não precisa saber nada, ele não precisa saber as respostas, mas ele fica espantado. A missão do professor seria pegar os alunos e mostrar os espantos para eles. Por exemplo: o espanto da mosca azul, o espanto dos caramujos, fazer as crianças pensarem. Ou quem sabe não professor de espanto, cada professor devia ser um professor de espantos, antes de serem professores que dão as respostas.

Rubem Alves - vídeo Os quatro pilares - Aprender, Fazer, Conviver , Ser...

2 comentários:

Anônimo disse...

Gostaria de ser uma professora de espanto para a turma de meu filho. As professoras me disseram que o espaço está aberto. Preparei um conteúdo, mas como nunca dei aula p/ crianças, apenas para adultos e assuntos técnicos, não estou bem certa de sua eficácia. Alguém poderia avaliar o material que preparei? Como devo lidar com o fato de meu filho estar entre os alunos? Obrigada pela atenção de vocês.
Vanessa - Botafogo - RJ

Contatos Científicos/Plantas Medicinais disse...

Comentário de Ana Lourenço da Rosa, sobre a CULTURA DO ESPANTO (Rubens Alves), postado por caosnaeducação.blogspost.com - segundo o autor, relata neste artigo que essa nova cultura deve observar 4 EIXOS: Aprender/Fazer/Conviver/ e SER. No meu entender, em especial nesse artigo, não encontrei nada de muito espantoso, ou seja, as crianças já estão acostumando com tudo o que o outro ser semelhante a ela; faz e nada acontece de ESPANTO SOCIAL PESSOAL. E na oportunidade quero registrar aqui um exemplo pessoal na prática da minha vida curricular de estudante e de profissional denominada de Professora, que só tem licença para exercer esta tarefa espantosa de não ter nem registro em algum Conselho Federal de Educação - tudo já começa por aí (...). Então, é preciso saber que a inteligência não é saber as coisa - a questão maior, máxima é saber fazer as perguntas das coisas e elas surgem, num momento de espanto (perspectivas) de não saber nada (?) do que está vendo, lendo ou ouvindo (...). Essa Etnopedagogia sempre existiu, mas os professores que as adotavam eram considerados uns fora da normalidade (eu sofri pedagogicamente todos os efeitos por ter percebido muito cedo (1961-início na docência) e um pouco antes na minha infância; que ninguém ensina ninguém que não quer aprender um determinado conteúdo (...). A minha saída estratégica, mesmo sem saber que nome tinha aquela minha vontade de que o outro aceitasse as minhas boas intenções, descobri aos poucos que trabalhava diferente dos demais colegas (...). E não sabia que aquele procedimento viria mais tarde a chamar de Etnometodologia da indagação e não a da que ainda é muito utilizada só que com vestimenta nova; ou seja, mesmo agora com os mais modernos equipamentos da inovação tenológica global - mudou-se o visual; mas a forma de procedimentos continuam as mesmas - as velhas e chatas aulas expositivas continuam as mesmas, mais coloridas, recursos diversos, e sendo sempre exposto por um quer que seja - mas não é pesquisado, revisado literatura, pelo aluno e isso não tem valor nenhum no acúmulo de aprendizagens. É conveniente registrar que sempre utilizei a terminologia dessa etnopedagogia de impacto gerador deum , sem hipocresias, respeitador de todas as coisas que precisam ter os seus espaços físicos, quânticos, etnoquímicos, etnobiológicos, e até a atual , (morte molecular<<>>vai-vem para re- viver/ganhar vida após a morte - tipos de vírus, vacinas, drogas farmacognósticas, enfim, coisas muito diferentes do simples (simplório) etnopensar...Na opinião dos mais importantes cientistas do século XXI, é deixar tudo o que já vem acontecendo e não centralizar numa linha de pensar e agir na etnoideia de não dar respostas e conteúdos pré-elaboradísimos(...), e acrescento mais: cansativos, retirando a oportunidade de provocar a curiosidade de cada aluno. Existem toneladas de informações teóricas que já estão comprovadas que os tipos dessas antigas não são apreendidas, nem mesmo chegando a uns míseros 3% , e a desoganização contextual etnopedagógica ambiental e na intelectual dos alunos 97% é só , desatenção, repúdios, sonolência, deboches, conversas extra-escola - quando até pode surgir as agressões verbais, corporais, um campo de céu aberto de conflitos inter(trans)insatisfação de todos os componentes daquilo que se chama - sala de aula educacional - tudo isso numa chamada de Cultura atual do ESPANTO (...) doséculo XXI GLOBAL, Sustentável em todos os sentidos (...). Será? Ana Lourenço da Rosa/Tocantins.