Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios revelam que, não obstante o recuo registrado na taxa de analfabetismo no País, o número de brasileiros que não sabem ler e nem escrever ainda é elevado, passando de 14,5 milhões de pessoas.
Entre 2008 e 2009, este número caiu mais do que entre os anos de 2008 e 2007, quando a taxa passou de 9,3% de população analfabeta para os atuais 8,9%. De todo modo, as estatísticas dão conta de que quase um em cada dez brasileiros ainda não tem acesso às letras, sendo a taxa de analfabetismo funcional (determinada por aqueles que não têm a habilidade de interpretar textos, embora conheça o significado das letras) a mais crítica, atingindo um em cada cinco brasileiros.
De acordo com os especialistas, o analfabetismo atual seria produto de uma sociedade que, em um passado recente, tinha um estoque de analfabetos muito grande, quando a população ainda era majoritariamente jovem. Como esta população está envelhecendo – de acordo com o IBGE, a expectativa de vida do brasileiro hoje é de 72,7 anos, fazendo com que a população idosa chegasse a quase nove milhões de pessoas – a porção de jovens analfabetos que hoje são idosos analfabetos faz com que o patamar de iletrados permaneça elevado, reduzindo a velocidade do progresso.
O analfabetismo, antes de ser uma tragédia social, revela-se um drama pessoal aos que dele padecem. Não saber ler é como viver em um país estrangeiro, cuja língua e sinais são incompreensíveis ao viajante desavisado, com o agravante de que esta nação exótica é a sua própria terra natal. A solução para esta questão, assim como para inúmeras outras, é a mais óbvia possível: investimento maciço em educação de base, aquela cuja, depois de recebida, carrega-se para o resto da vida e com a qual se formam valores éticos e cidadãos. Só assim o Brasil extinguira de vez a exclusão cultural representada pelo analfabetismo.
FONTE: JORNAL O ESTADO
Entre 2008 e 2009, este número caiu mais do que entre os anos de 2008 e 2007, quando a taxa passou de 9,3% de população analfabeta para os atuais 8,9%. De todo modo, as estatísticas dão conta de que quase um em cada dez brasileiros ainda não tem acesso às letras, sendo a taxa de analfabetismo funcional (determinada por aqueles que não têm a habilidade de interpretar textos, embora conheça o significado das letras) a mais crítica, atingindo um em cada cinco brasileiros.
De acordo com os especialistas, o analfabetismo atual seria produto de uma sociedade que, em um passado recente, tinha um estoque de analfabetos muito grande, quando a população ainda era majoritariamente jovem. Como esta população está envelhecendo – de acordo com o IBGE, a expectativa de vida do brasileiro hoje é de 72,7 anos, fazendo com que a população idosa chegasse a quase nove milhões de pessoas – a porção de jovens analfabetos que hoje são idosos analfabetos faz com que o patamar de iletrados permaneça elevado, reduzindo a velocidade do progresso.
O analfabetismo, antes de ser uma tragédia social, revela-se um drama pessoal aos que dele padecem. Não saber ler é como viver em um país estrangeiro, cuja língua e sinais são incompreensíveis ao viajante desavisado, com o agravante de que esta nação exótica é a sua própria terra natal. A solução para esta questão, assim como para inúmeras outras, é a mais óbvia possível: investimento maciço em educação de base, aquela cuja, depois de recebida, carrega-se para o resto da vida e com a qual se formam valores éticos e cidadãos. Só assim o Brasil extinguira de vez a exclusão cultural representada pelo analfabetismo.
FONTE: JORNAL O ESTADO
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